28 dezembro, 2018

Contribuição do farmacêutico clínico para o uso racional de corticoide em uma unidade de terapia intensiva adulta

Marcos Fernando Passaro1, Priscilla Sartori de Souza1, Nilson Moura Gambero1

1Irmandade da Santa Casa da Misericórdia de Santos - Santos (SP), Brasil

Objetivo: Este estudo busca avaliar a contribuição do farmacêutico clínico na equipe multiprofissional e na promoção do uso racional de corticoides.

Métodos: Estudo realizado em uma unidade de terapia intensiva (UTI) adulta de 32 leitos de alta complexidade. Foram incluídos pacientes em uso de corticoterapia e choque séptico, durante o período de março a dezembro de 2017. Foram utilizados base de dados do serviço de acompanhamento farmacoterapêutico com registro das intervenções realizadas pelo farmacêutico clínico durante as discussões em visita multiprofissional. Os aspectos observados foram aceitabilidade das intervenções e a classificação das intervenções: diminuição de dose (desmame), suspensão conforme tempo de tratamento, indicação, realização de terapia sequencial (quando há a passagem de via endovenosa (EV) para via oral (VO). Todas as intervenções realizadas levaram em consideração as indicações do Surviving Sepsis Campaign 2016, em conjunto com as discussões da equipe multiprofissional, o quadro clínico do paciente e exames laboratoriais.

Resultados: Durante o período do estudo foram realizadas 48 intervenções. Do total foram aceitas 46 (96%). Das intervenções aceitas, 17 (37%) delas resultaram em diminuição de dose (desmame), 14 (30%) para indicação da corticoterapia, 8 (18%) em suspensão por tempo de tratamento, 7 (15%) para troca de EV para VO.

Conclusão: A atuação do farmacêutico clínico junto à equipe multiprofissional para discussão da farmacoterapia e alta taxa de aceitação das intervenções contribuíram para o uso racional dos corticoides.

E-poster in: XXIII Congresso Brasileiro de Medicina Intensiva. São Paulo. SP. 2018.

20 dezembro, 2018

Taxa de erros na prescrição de medicamentos

Fonte:

Programa Nacional de Segurança do Paciente. Anexo 03: Protocolo de segurança na prescrição, uso e administração de medicamentos.
Definição:
Número de medicamentos prescritos com erro dividido pelo número total de medicamentos prescritos, vezes 100.
Nível de Informação:
Resultado
Dimensão da Qualidade:
Segurança
Numerador:
Número de medicamentos prescritos com erro
Denominador:
Número total de medicamentos prescritos com erro
Definição de Termos:
Número de medicamentos prescritos com erro:

São os medicamentos prescritos faltando dose, forma farmacêutica, via de administração, posologia, tempo de infusão, diluente, volume, velocidade de infusão, e abreviaturas contraindicadas.

Número total de medicamentos prescritos:

São todos os medicamentos prescritos em um determinado período de tempo.

Erro de medicação:

É qualquer evento evitável que, de fato ou  potencialmente, possa levar ao uso inadequado de medicamento quando o medicamento se encontra sob o controle de profissionais de saúde, de paciente ou do consumidor, podendo ou não provocar dano ao paciente. Os erros de medicação podem ser relacionados à prática profissional, produtos usados na área de saúde, procedimentos, problemas de comunicação, incluindo prescrição, rótulos, embalagens, nomes, preparação, dispensação, distribuição, administração, educação, monitoramento e uso de medicamentos.

Erro de prescrição:

Erro de medicação que ocorre durante a prescrição de um medicamento, em decorrência tanto de redação da prescrição, como do processo de decisão terapêutica. O erro decisão terapêutica pode surgir de um desvio não intencional de padrões de referência, como: conhecimento científico atual, práticas normalmente reconhecidas, especificações técnicas dos medicamentos e legislação sanitária17. Um erro de prescrição pode estar relacionado à seleção do medicamento (considerando-se as indicações, as contraindicações, as alergias, as características do paciente, as interações medicamentosas e outros fatores), a dose, a concentração, o esquema terapêutico, a forma farmacêutica, a via de administração, a duração do tratamento e orientações de utilização, assim como pela ausência de prescrição de um medicamento necessário para tratar uma doença já diagnosticada ou para impedir os incidentes com outros medicamentos

Erros de dispensação:

Pode ser definido como um desvio na interpretação da prescrição, cometido pela equipe da farmácia quando da realização da dispensação de medicamentos para as unidades de internação ou na farmácia ambulatória. Incluem também erros relacionados às normas e à legislação. Podem ser classificados em: erros de conteúdo, erros de rotulagem e erros de documentação.

Erros de administração:

Erro decorrente de qualquer desvio no preparo e administração de medicamentos de acordo com a prescrição médica, da não observância das recomendações ou guias do hospital ou das instruções técnicas do fabricante do produto. Considera-se, ainda, que não há erro se o medicamento for administrado de forma correta, mesmo que a técnica utilizada contrarie a prescrição médica ou os procedimentos do hospital
Racionalidade:
Estudo realizado nos Estados Unidos da América revela que cada paciente internado em hospital norte-americano está sujeito a um erro de medicação por dia, sendo registrados anualmente, nessas instituições, no mínimo 400.000 eventos adversos evitáveis relacionados a medicamentos (1). Esses eventos adversos podem verificar-se em todas as etapas da cadeia terapêutica e sua ocorrência aumenta consideravelmente os custos do sistema de saúde (2,5-7).

Estima-se que os erros de medicação em hospitais provoquem mais de 7.000 mortes por ano nos Estados Unidos da América, acarretando importantes custos tangíveis e intangíveis (8). No Brasil ainda não estão disponíveis estatísticas de óbitos relacionados a erros de medicação.

Diante da possibilidade de prevenção dos erros de medicação e do risco de dano em função da sua ocorrência, torna-se relevante identificar a natureza e determinantes dos erros, como forma de dirigir ações para a prevenção. As falhas no processo de utilização de medicamentos são consideradas importantes fatores contribuintes para a redução da segurança do paciente (3,9).

A incorporação de princípios para reduzir erros humanos minimizando os lapsos de memória, promovendo acesso a informações sobre os medicamentos e desenvolvendo padrões internos de treinamento reduz a probabilidade de falhas e aumenta a chance de interceptá-las antes de resultar em prejuízo ao paciente.

Nesse sentido, devem-se incluir estratégias como a padronização de processos, o uso de recursos de tecnologia da informação, educação permanente e, principalmente, o acompanhamento das práticas profissionais em todas as etapas do processo que envolve o medicamento (14).

No Brasil, pesquisa bibliográfica realizada na base de dados PubMed em 10 de abril de 2013, utilizando os termos “medication errors” e “Brazil” encontrou 74 artigos publicados entre 1978 a 2012, sendo 66 deles em instituições hospitalares e 08 em estabelecimentos de saúde não hospitalares. Esses dados revelam a necessidade de maior estímulo à pesquisa e publicação nacional nesse importante campo de investigação como forma de conhecer a situação da segurança do uso de medicamentos.
Ajuste de Risco:
Não se aplica
Estratificação:
Setor de cuidado
Interpretação:
Taxa desejada: baixa
Taxas baixas estão associadas a maior adoção de medidas para diminuir a ocorrência de erros na atividade de prescrição de medicamentos.
Fonte de Dados:
Prescrição (eletrônica pré-digitada ou manual protocolos clínicos e diretrizes terapêuticas.
Bibliografia:
1. Aspden P. et al. (ed.). Committee on identifying and preventing medication errors.preventing medication errors. institute of medicine of the national academies.Washington, DC: The National Academies Press, 2007; 544 p. (Quality Chasm Series).
2. Landrigan CP. etal.Temporal trends in rates of patient harm resulting from medical care. N Engl J Med, Boston.2010; 363(22):2124-34.
3. World Health Organization. WHO.Action on patient safety.High 5s.World alliance for patient safety.Disponível em: http://www.who.int/patientsafety/implementation/solutions/high5s/en.
4. Bates DW, Gawande AA. Error in medicine: what we have learned? Ann InternMed, Philadelphia. 2000; 132(9):763-767.
5. Leape LL,etal.The nature of adverse events and negligence in hospitalized patients: results of the Harvard Medical Practice Study II. N Engl J Med,Boston. 1991; 324(6):377-384.
6. Phillips DP,Christenfeld N, Glynn LM. Increase in US medication-error deaths between 1983 and 1993.Lancet, London.1998; 351(9103):643-644.
7. Cohen MR. Medication errors.Washington, AmPharm Assoc. 2006; 680 p.
8. Ferracini FT. Estrutura organizacional. In: Ferracini FT, Filho WM. Prática farmacêutica no ambiente hospitalar: do planejamento à realização. São Paulo: Atheneu, 2005.
Ano da Publicação:
2014

06 novembro, 2018

Vitamina K: Informações técnicas aos profissionais de saúde


MEDICAMENTO
FABRICANTE
EXCIPIENTES
VIA
BULA
Eskavit®
10 mg/mL amp 1 mL
Hipolabor
Solutol, glicose anidra, álcool benzílico, ácido clorídrico.
IM/SC
Não usar EV
Kavit®
10 mg/mL amp 1 mL
Cristália
Propilenoglicol, acetato de sódio, ácido acético, polissorbato 80, fenol.
IM
Via EV restrita a situações em que outras vias não estão disponíveis
Kanakion MM® Pediátrico
2 mg amp 0,2 mL
Roche
Ácido glicocólico, hidróxido de sódio, lecitina para micelas mistas, ácido clorídrico.
IM/EV/VO
-
Kanakion MM®
Adulto
10 mg/mL amp 1 mL
Roche
Ácido glicocólico, hidróxido de sódio, lecitina, ácido clorídrico.
EV/VO
Não usar IM
Vikatron®
10 mg/mL amp 1 mL
Blau
Acetato de sódio, metabissulfito de sódio, propilenoglicol, polissorbato 80.
IM
Não usar EV
Vita K®
10 mg/mL amp 1 mL
UQFN
Solutol, glicose, álcool benzílico.
IM/SC
Via EV restrita a situações em que outras vias não estão disponíveis

  Referências: Bulas dos produtos comerciais.

  Preparado e revisado por:
  Farmacêutico Gilberto Barcelos Souza.
  Acadêmica de farmácia Ana Carolina da Silva Martins

  Atenção: Todos os cálculos deverão ser confirmados.
  Observação: Pode ser necessária a consulta em outras referências bibliográficas.

  Data da Revisão: 06/11/2018

31 outubro, 2018

Aplicação do Algoritmo de Naranjo como Instrumento de Suporte para a Decisão Clínica: Relato de Caso.


Nayara Fernandes Paes, Gilberto Barcelos Souza, Marcela Miranda Salles, Luiz Filgueira de Melo Neto, Maihara da Silva Borges, Pedro Henrique Rodrigues de Alencar Azevedo, Rute Barbosa Santos, Bruna Figueiredo Martins.

Serviço de Farmácia. Hospital Universitário Antônio Pedro. Universidade Federal Fluminense. Niterói (RJ), Brasil.

Introdução: Na famacovigilância, a ferramenta mais comumente utilizada para determinar a causalidade entre a reação adversa e uso do medicamento é o algoritmo de Naranjo. Ele é composto por 10 perguntas e tem a finalidade de buscar informações sobre a RAM e classificá-la em categorias de probabilidade. Objetivo: Aplicar o algoritmo de Naranjo, para definir a relação entre reações adversas e o uso de medicamentos na hematologia de um hospital universitário. Método: Relato de caso, estudo descritivo e retrospectivo realizado na hematologia (CAAE n° 65893817.1.0000.5243). Resultados: Paciente feminina, 66 anos, diagnosticada com LMC em 06/2017, com imatinibe 400 mg/dia. Dia 04/08/2017: admitida na hematologia devido hemorragia digestiva baixa. Dia 07/08/2017, apresentou anemia e plaquetopenia. Foi suspenso o imatinibe. Dia 14/08/2017, novo exame mostrou melhora do quadro e, no dia seguinte, paciente recebeu alta, sendo prescrito novamente o medicamento. Doze dias depois, paciente retornou à internação, devido relato de hematoquezia e astenia. Hemograma com grave pancitopenia e, no dia 30/08/2017, o imatinibe foi suspenso. A fim de identificar a relação entre a pancitopenia e o uso do imatinibe, foi aplicado o algoritmo de Naranjo. A causalidade foi dada como definida. Conclusão: Apesar de relatos na literatura sobre a toxicidade hematológica gerada pelo imatinibe, a aplicação do algoritmo pelos profissionais de saúde, possibilita a reflexão sobre outras possíveis causas. Assim, pode tornar-se uma ferramenta multidisciplinar de auxilio na investigação e na decisão clínica, o que evidencia a importância da interdisciplinaridade, possibilitando um atendimento mais seguro ao paciente. Palavras-chave: Medicamentos Oncológicos; Farmacovigilância; Hematologia.

Poster in: VI CONGRESSO DE FARMÁCIA HOSPITALAR EM ONCOLOGIA DO INCA. 2018.

15 setembro, 2018

Hiperglicemia Transitória em Pacientes Portadores de LLA Em uma Unidade de Oncologia Pediátrica de um Hospital Universitário do Sul do Brasil

Jéssica Harter1; Ana Paula Battistel1; Sara Raquel Kuntz1; Luciane Beitler da Cruz1; Maitê Telles dos Santos1; Lauro Jose Gregianin1

1 Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA). Porto Alegre (RS), Brasil.
Endereço para correspondência: Jéssica Harter. Rua Ramiro Barcelos, 2350. Porto Alegre (RS), Brasil. CEP 90035-903. E-mail: ana_battistel@hotmail.com.

Introdução: A Leucemia Linfoblástica Aguda (LLA) é a neoplasia maligna mais comum entre crianças e adolescentes. O protocolo ALL IC-BFM 2009 para tratamento quimioterápico da LLA preconiza o uso de corticoides na fase de indução e sabe-se que seu uso em altas doses está relacionado à elevação da glicemia, pois pode provocar resistência à insulina e diminuição da absorção de glicose pelos tecidos. A asparaginase utilizada nessa fase do tratamento pode estar relacionada à ocorrência de picos hiperglicêmicos. A presença de hiperglicemia transitória (HT) nesses pacientes estaria associada a um aumento no risco de bacteremia e reinternação hospitalar, podendo também estar relacionada ao estado nutricional. Além disso, evidências mostram que crianças com hiperglicemia durante a indução apresentam pior prognóstico do que aquelas com glicemias normais.

Objetivo: Verificar e caracterizar a presença de HT em pacientes pediátricos portadores de LLA.

Método: Estudo retrospectivo descritivo, com dados obtidos dos prontuários eletrônicos do Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA). Foram incluídos na amostra pacientes com idades entre 0 e 19 anos, diagnosticados com LLA entre os anos de 2015 a 2017 e que tivessem realizado a fase de indução do protocolo BFM 2009. Hiperglicemia prévia ao início do tratamento foi um critério de exclusão. Foi considerado HT valores > 100mg/dl. Foram coletados os dados de idade, sexo e estado nutricional (classificação conforme WHO 2006/2007). Esse trabalho é parte do projeto 07-222 aprovado pelo CEP-HCPA.

Resultados: Foram incluídos no estudo 25 pacientes, 18(72%) eram do sexo masculino, com média de idade de 6,7 ± 4,1 anos. Quanto à glicemia,3(12%) pacientes mantiveram níveis abaixo do valor de referência, enquanto 4(16%) apresentaram valores entre 101 e 110 mg/dl, 14(56%) entre 111 e 139 mg/dl e 4(16%) igual ou maior do que 140mg/dl. Com relação ao estado nutricional, 19(76%)  pacientes estavam eutróficos, 1(4%) estava desnutrido, 2 (8%) em risco/com sobrepeso e 3(12%) pacientes estavam obesos, sendo que 2 destes pacientes apresentaram glicemia >140mg/dL, enquanto os 3 pacientes que se mantiveram normoglicêmicos eram eutróficos.

Conclusão: Encontrou-se uma alta prevalência de HT na amostra estudada, provavelmente determinada pelo tratamento aplicado. Devido às possíveis complicações associadas à HT, o acompanhamento multidisciplinar do paciente pediátrico oncológico se faz cada vez mais necessário.

Palavras-chave: Hiperglicemia; Leucemia linfoblástica; Corticoesteroides.

Poster in: IX CONGRESSO BRASILEIRO DE FARMACÊUTICOS EM ONCOLOGIA. 2018.

29 agosto, 2018

Intervenções Farmacêuticas em Prescrições Médicas de Quimioterapia

Luana do Amaral Brasileiro1; Claudia de Oliveira Passos Dias1; Flavia Axelband1; Bruna Loureiro Simões1; Marcelo Marques Nazar1; Luciana Favoreto Vieira Mattos1; Flavia Campos Barcelos1; Maria Fernanda Barbosa1

1 Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva (INCA). Rio de Janeiro (RJ), Brasil.
Endereço de correspondência: Luana do Amaral Brasileiro. Praça Cruz Vermelha, 23. Rio de Janeiro (RJ), Brasil. CEP 20230-130. E-mail: lua_brasileiro@hotmail.com.

Introdução: A segurança do paciente é motivo de preocupação crescente nas instituições de saúde que visam prestar assistência segura. Neste sentido, têm sido instituídas medidas preventivas de erros de medicação, como avaliação farmacêutica da prescrição médica; bem como realização e registro contínuos de intervenções farmacêuticas. Segundo o Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva (INCA), estimam-se para o biênio 2018-2019, a ocorrência de aproximadamente 600 mil novos casos de câncer, para cada ano, no Brasil. O aumento da incidência vem acompanhado pelo aumento da demanda dos serviços de quimioterapia. Logo, a análise farmacêutica das prescrições médicas de quimioterapia tem se mostrado uma medida de caráter estratégico, contribuindo de forma preventiva e corretiva para minimização de erros de prescrições e garantia do tratamento farmacológico correto.

Objetivo: Analisar as prescrições médicas de quimioterapia para tratamento de pacientes com câncer de mama em uma unidade de referência nacional ao tratamento de câncer (1) mensurando o quantitativo de erros detectados e prevenidos; (2) classificando os erros de prescrição e os de agendamento.

Método: Os dados foram coletados no banco de dados do setor de Avaliação Farmacêutica no período de 01 de janeiro de 2015 e 31 de dezembro de 2017. O estudo teve perfil descritivo, observacional e retrospectivo.

Resultados: Foram analisadas uma média de 15.306 prescrições de 2015 a 2017, das quais 2,23% sofreram intervenção. A porcentagem de intervenções aceitas pelo oncologista foi em média de 90,7%. A maior parte dos erros foi decorrente das prescrições (192 em 2015, 275 em 2016 e 371 em 2017) quando comparado ao erro de agendamento, ou seja, intervalo entre os ciclos (65 em 2015, 69 em 2016 e 54 em 2017). Os erros relacionados às prescrições médicas mais frequentes foram ausência de prescrição, de evolução médica em prontuário ou evolução incompleta (56,92%). Também foram verificados erros relacionados aos dados do paciente (peso e altura) (11,93%); dose (14,92%); medicamento/protocolo (8,59%) e outros (7,64%).

Conclusão: A avaliação farmacêutica das prescrições é uma estratégia importante para evitar erros nas prescrições antes que falhas atinjam o paciente, proporcionando uma terapêutica eficiente e sendo uma das maneiras de garantir a segurança do paciente.

Palavras-chave: Prescrição Médica de Quimioterapia; Erros de Medicação; Assistência Farmacêutica.

Poster in: IX CONGRESSO BRASILEIRO DE FARMACÊUTICOS EM ONCOLOGIA. 2018.

31 julho, 2018

Amamentação e medicação é uma boa combinação?

CRIM-UFRJ Macaé


Posted: 31 Jul 2018 10:39 AM PDT
por Mikaelly Pereira Caet

Nos primeiros meses de vida a mãe atenta-se em amamentar e promover a melhor alimentação necessária para o desenvolvimento do bebê.  Essa prática de afeto e saúde é fundamental não apenas para o sistema imunológico e psicomotor da criança, mas também promove benefícios à mãe como: diminuição do risco de anemia e hemorragia após o parto e ainda de diabetes, doenças cardiovasculares e câncer de mama. 

Porém, da mesma forma que as vitaminas e nutrientes são passados para a criança por meio do leite materno, alguns medicamentos também podem ser transferidos pela mesma via. 

Em contrapartida, os medicamentos isentos de prescrição (MIP) são comumente utilizados pela população em geral, a fim de solucionar rapidamente alguns desconfortos tais como: dores musculares, febre, alergias, constipação, entre outros. No entanto, para as mulheres no período de amamentação o uso destes medicamentos deve ser feito sempre após uma avaliação cuidadosa, pois mesmo que sejam adquiridos sem prescrição, não são isentos de riscos. 

Por outro lado, sem orientação adequada, a amamentação pode ser desnecessariamente suspensa no caso de uso de medicamentos que são reconhecidamente seguros para o bebê.

Segundo o Ministério da Saúde, existem 3 categorias de risco para medicamentos utilizados durante a amamentação:




Dentro dessa segunda categoria existem alguns medicamentos comumente utilizados por lactantes, como os MIPs. Na tabela abaixo encontram-se alguns medicamentos isentos de prescrição classificados como de uso criterioso durante a amamentação: 


É importante destacar que, ainda não há estudos sobre os efeitos para o bebê para muitos medicamentos, em especial para os que foram lançados mais recentemente no mercado. 

Deste modo, a recomendação da Associação Americana de Pediatria (AAP) é o uso de medicamentos quando realmente necessários. 

O que fazer?

Antes de usar qualquer medicamento, é de extrema importância a orientação de um farmacêutico e/ou médico para analisar os riscos/benefícios da medicação;

Manter o profissional de saúde informado sobre a amamentação ao realizar a compra de qualquer medicamento de venda livre;

Nunca interrompa a amamentação sem procurar orientação médica;

Quando indispensável e, se possível, usar por um curto período de tempo;

Atente-se às possíveis reações do bebê.

Referências:
AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA. Consulta a produtos registrados. Disponível em:https://consultas.anvisa.gov.br/#/medicamentos/?substancia=7125. Acesso em 04 de Abril de 2018. 
AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA. Instrução Normativa - IN no - 11, de 29 de Setembro de 2016 - Lista de Medicamentos Isentos de Prescrição. Diário Oficial da União, Brasília, 30 de setembro de 2016. Disponível em: http://pesquisa.in.gov.br/imprensa/jsp/visualiza/index.jsp?jornal=1&pagina=99&data=30/09/2016. Acesso em 21 de Março de 2018.
ASSOCIAÇÃO AMERICANA DE PEDIATRIA. Disponível em: https://www.aap.org/en-us/Pages/Default.aspx. Acesso em 04 de Abril de 2018.
BRASIL. MINISTÉRIO DA SAÚDE. Amamentação traz benefícios para a mãe e o bebê. Disponível em: http://www.brasil.gov.br/saude/2011/10/amamentacao-traz-beneficios-para-a-mae-e-o-bebe. Acesso em 05 de Março de 2018.
BRASIL. MINISTÉRIO DA SAÚDE. SECRETARIA DA ATENÇÃO À SAÚDE. DEPARTAMENTO DE AÇÕES PROGRAMÁTICAS E ESTRATÉGICAS. Amamentação e uso de medicamentos e outras substâncias. Brasília: Ministério da Saúde, 2014. 
MACIEL, J. M. M.; RAMOS, A. G. B. Uso de Medicamentos durante a lactação: um fator para suspensão do aleitamento materno. Revista de Pesquisa Interdisciplinar, vol. 2, suplementar, p. 504 – 513, 2017.

Revisão: Fernanda Lacerda da Silva Machado, Denise Guimaraes, Samantha Monteiro Martins e Thaísa Amorim Nogueira.

18 julho, 2018

Validação de Transporte de Preparações Quimioterápicas sob Temperatura Refrigerada 2° a 8°C

Jaqueline da Silva Bento1; Stefane Alves de Oliveira1; Alberto Hideyoshi Sabanai2; Priscila Mitiko Higashibara Yamada2; Alan Alves dos Santos2; Caroline de Melo Akiyoshi2; Luiz Ivan Henrique da Silva2

1 Instituto do Câncer do Estado de São Paulo Octavio Frias de Oliveira (Icesp), Unidade Ambulatorial. Osasco (SP), Brasil. 2 Instituto do Câncer do Estado de São Paulo Octavio Frias de Oliveira (Icesp). São Paulo (SP), Brasil.

Endereço para correspondência: Jaqueline da Silva Bento. Av. Dr. Arnaldo, 251. São Paulo (SP), Brasil. CEP 01246-000. E-mail: jaqueline.s.bento@gmail.com.

Introdução: Logística hospitalar é um conjunto de ações que envolvem transporte e armazenagem. Sabe-se que alguns cuidados são necessários durante o transporte de medicamentos, visando manter a qualidade e cumprir as boas práticas de transporte de medicamentos. Tendo o conhecimento de que a validação de transporte é de suma importância para garantir as propriedades do medicamento, foram realizados testes nos meses de março e abril de 2016.

Objetivo: Validar o processo de transporte das preparações quimioterápicas que necessitam de refrigeração (2 a 8°C).

Método: Foram utilizadas bolsas de soro fisiológico (SF) 0,9% de volumes variados (3L, 2L e 1L). Montou-se uma caixa térmica com oito placas de gelo rígido reutilizável (400 ml/placa), com o objetivo de atingir a temperatura (T°) interna da caixa e mantê-la estabilizada. As placas de gelo foram armazenadas no freezer a -14°C com um tempo mínimo de 19 h 30 min. As bolsas de SF 0,9% foram refrigeradas por 2h com variação de 2 a 8°C. Após isso as mesmas foram acondicionadas na caixa térmica. As T° internas da caixa foram coletadas por um termo-higrômetro com data logger; a T° externa foi aferida a cada hora por termo-higrômetro presente na área de T° controlada. Os resultados obtidos pelo Software Data Logger Graph®, foram analisados e dispostos em planilhas Excel®.

Resultados: O tempo médio para atingir entre 7,3 a 8°C nos dois primeiros testes da triplicata de 3L foi de 20 min, já no terceiro tivemos um tempo médio de 10 min. A média de T° externa na triplicata foi de 22,15°C. Na triplicata de 2L o tempo médio para atingir entre 7,6 a 8,1°C foi de 20 min. A média de T° externa foi de 22,6°C. A triplicata com 1L apresentou no primeiro e terceiro teste tempo médio de 20min para atingir entre 7,9 a 7,7°C; já o segundo teste apresentou um tempo de 10 min para atingir 7,7°C. A média de T° externa foi de 22,3°C.

Conclusão: Podemos observar que todos os testes estão dentro dos padrões desejados, garantindo as propriedades farmacológicas das preparações refrigeradas (2° a 8°C). De acordo com os resultados obtidos, podemos afirmar que o tempo médio para atingir a Tº ideal no início dos testes não foi significativo, pois refere-se à perda de Tº no momento da abertura da caixa e acondicionamento das bolsas de SF0,9%. Sendo assim, podemos inferir que temos um processo validado para envio de preparações refrigeradas (2° a 8°C) a unidade filial.

Poster in: IX CONGRESSO BRASILEIRO DE FARMACÊUTICOS EM ONCOLOGIA. 2018.


08 maio, 2018

Preparo da solução de glicose a 12,5%, 15%, 17,5%, 20% e 25%.


Glicose 10% (100 mg/mL)
Glicose 50% (500 mg/mL)
Volume
Concentração de Glicose
47 mL
3 mL
50 mL
12,5%
44 mL
6 mL
50 mL
15%
41 mL
9 mL
50 mL
17,5%
38 mL
12 mL
50 mL
20%
31 mL
19 mL
50 mL
25%






02 março, 2018

Ceftazidima: uso off-label oftálmico e para nebulização.

Uso off-label oftálmico: Ceftazidima (1 g), Cloreto de Sódio 0,9% q.s.p...20 mL. Misturar os componentes da manipulação, filtrando a solução através de um filtro de 0,22 micra. Concentração de 50 mg/mL (5%). Estabilidade de 4 dias sob refrigeração.(23)

Uso off-label oftálmico: Ceftazidima (500 mg), Água para Injeção (1,5 mL), Colírio de Lágrima Artificial (8,5 mL). Reconstituir ceftazidima de 1 g com 3 mL de água para injeção. Retirar 6,5 mL do frasco de lágrima artificial e adicionar 1,5 mL da solução reconstituída de ceftazidima. Concentração de 50 mg/mL (5%). Estabilidade de 15 dias sob refrigeração.(23)

Uso off-label oftálmico: Ceftazidima (500 mg), Água para Injeção (1,5 mL), Colírio de Lágrima Artificial (8,5 mL). Reconstituir ceftazidima de 1 g com 3 mL de água para injeção. Retirar 6,5 mL do frasco de lágrima artificial e adicionar 1,5 mL da solução reconstituída de ceftazidima. Concentração de 5% (50 mg/mL).  Estabilidade de 17 dias sob refrigeração.(23)

Uso off-label oftálmico: Ceftazidima (1 g), Cloreto de Sódio 0,9% q.s.p...20 mL. Misturar os componentes da manipulação, filtrando previamente a solução através de um filtro de membranaesterilizante de 0,22 micra. Concentração de 5% (50 mg/mL). Estabilidade de 30 dias sob refrigeração.(23)

Uso off-label oftálmico: Ceftazidima (1 g), Colírio de Lágrima Artificial q.s.p...20 mL. Reconstituir a ceftazidima com o colírio de lágrima artificial para concentração de 50 mg/mL, filtrando através de filtro de 0,22 micra. Transferir a solução resultante para o frasco original do colírio de lágrima artificial. Concentração de 5% (50 mg/mL). Estabilidade de 5 dias sob refrigeração.(23)

Uso off-label nebulização: Dissolver em 3 mL de água para injeção (API).

Referências bibliográficas:
1.CefTAZidima. Estabilidad Minima en Viaflex®. Disponível em: http://www.baxter.com.mx. Acessado em: 29 de setembro de 2004.
2.Nahata MC, Morosco RS, Fox JL. Stability of Ceftazidime (With Arginine) Stored in Plastic Syringes at Three Temperatures. Am J Hosp Pharm. 1992;49(12):2954-2956.
3.Zamora Ardoy MA, Cabeza Barrera J, Moreno Diaz T, Garcia Lirola MA. Rentabilidad de Una Unidad de Mezclas Intravenosas de Nueva Creación. Aspectos Prácticos y Relación Coste-Beneficio. Farm Hosp. 2000;24(1):38-42.
4.Ceftazidime Injection. St. Mary’s Hospital. Pharmaceutical Unit. London. Disponível em: http://www.stmarys.demon.co.uk.Acesso em: 15 de outubro de 2005.
5.Ceftazidime. Peritoneal Dialysis. A Guide to Medication Use. Nephrology Pharmacy. USA. 2004.
6.Xu QA, Trissel LA, Williams KY. Compatibility and stability of linezolid injection admixed with three cephalosporin antibiotics. J Am Pharm Assoc 2000;40(4):509-14.
7.Ceftazidime. Micromedex® solutions. Disponível em: http://www.periodicos.capes.gov.br. Acesso em 16 de dezembro de 2016.
8.Ceftazidime. Disponível em: http://www.stabilis.org. Acesso em 16 de dezembro de 2016.
9.Fortaz®. Informativo do produto. GSK. 2013.
10.UCL Hospital injectable medicines administration guide. Pharmacy Department. University College London Hospitals, 3rd ed. Wiley-Blackwell. London. 2010.
11.Phelps SJ, Hagemann TM, Lee KR, Thompson AJ. Pediatric Injectable Drugs (The Teddy Bear Book), Tenth ed. ASHP Publications. Washington. DC. 2013.
12.Venous infusion extravasation risk. 2009-2013 Cincinnati Children’s Hospital Medical Center. Disponível em https://www.cincinnatichildrens.org. Acesso em 22 de março de 2017.
13.Ceftazidima. Disponível em: http://www.einstein.br. Acesso em 15 de junho de 2017.
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23.Souza GB. Formulário farmacêutico magistral, 2ª ed. São Paulo. SP: Editora Medfarma. 2017.

24 fevereiro, 2018

Ranitidina: uso off-label em CTI

Descrição: ampola com 25 mg/mL (ampola 2 mL). Excipientes: cloreto de sódio, fosfato de potássio monobásico, fosfato de sódio dibásico, água para injeção. Solução injetável com pH 6,7-7,3. Estocar em temperatura ambiente, não congelar e proteger da luz.(9,10,12)

Especificação
Osmol
Ranitidina 50 mg em 20 mL de soro fisiológico 0,9%
285 mOsmol/kg
Ranitina 50 mg injetável e não diluída
248 mOsmol/kg
Ranitidina 50 mg em 50 mL de soro fisiológico 0,9%
302 mOsmol/L

Conduta na administração via sonda: verificar a disponibilidade e compatibilidade de forma farmacêutica líquida para administração via sonda enteral. Realizar avaliação das prescrições contendo medicamentos a serem administrados via sonda enteral, considerando a compatibilidade com a via e técnica de preparo, interações entre os medicamentos e a nutrição enteral e o potencial para ocasionar reações adversas gastrointestinais ou efeito sub-terapêutico. Verificar na dispensação se os medicamentos prescritos são compatíveis com a trituração e administração via sonda enteral. Verificar se os medicamentos prescritos e dispensados são compatíveis com a trituração e administração via sonda enteral. Observar a identificação dos medicamentos que não devem ser triturados. Higienizar as mãos antes e após o preparo e administração dos medicamentos, bem como os materiais necessários para o preparo. Diluir o medicamento líquido em água para minimizar efeitos adversos no TGI. Triturar medicamentos sólidos separadamente até obter um pó fino e homogêneo. No caso de múltiplos medicamentos, triturá-los e solubilizá-los separadamente em água devido ao risco de incompatibilidade físico-química. Dois ou mais medicamentos prescritos para o mesmo horário devem ser preparados e administrados separadamente, sendo necessário lavar a sonda com 5 a 15 mL de água entre as administrações. Conferir o posicionamento correto da sonda antes de administrar os medicamentos. Antes de administrar o medicamento, interromper a dieta e lavar a sonda com 15 a 30 mL de água. Lavar a sonda novamente após a administração do medicamento, considerando o balanço hídrico e a idade do paciente. Não adicionar medicamentos nas fórmulas enterais. Caso seja necessário interromper a nutrição enteral, esta deve ser reiniciada assim que possível, e a pausa alimentar deve ser registrada para que a Nutrição reajuste o aporte nutricional do paciente.

Outras apresentações: comprimido de 150 mg e 300 mg. Excipientes: celulose microcristalina, estearato de magnésio, hidroxipropilmetilcelulose, dióxido de titânio e triacetina. Solução oral com 15 mg/mL. Excipientes: ácido ascórbico, ciclamato de sódio, fosfato de sódio dibásico, sacarina sódica diidratada, metabissulfito de sódio, sorbitol, metilparabeno, propilparabeno, glicerol, aroma de banana, aroma de groselha e água purificada.

Uso off-label para administração via sonda nasogátrica: dissolver o comprimido ou as ampolas em 20-50 mL de água e administrar. Lavar a sonda antes e após a administração do medicamento.

Uso off-label oral: Ranitidina (400 mg), Água Purificada com Conservantes (40 mL), Xarope Simples USP q.s.p...80 mL. Triturar a ranitidina. Adicionar 25 mL de água e misturar. Adicionar o veículo em porções. Concentração de 5 mg/mL. Estabilidade de 30 dias sob refrigeração.(17)

Uso off-label oral: Cloridrato de Ranitidina (2,5 g), Xarope Simples USP q.s.p...100 mL. Triturar a ranitidina. Adicionar em porções geométricas e completar o volume final. Estabilidade de 153 dias em temperatura ambiente.(17)

Uso off-label oral: Ranitidina Injetável (300 mg), Água para Injeção q.s.p...60 mL. Retirar o volume desejado de ranitidina utilizando uma seringa e transferir o conteúdo para um recipiente adequado. Adicionar o veículo em porções. Concentração de 5 mg/mL. Estabilidade de 21 dias sob refrigeração.(17)

Uso off-label oral: Ranitidina Comprimidos Efervescente (300 mg), Água para Injeção q.s.p...60 mL. Triturar a ranitidina. Adicionar em parte da água, misturando até a formação de uma pasta. Adicionar o veículo em porções, misturando e completar o volume na concentração de 5 mg/mL. Estabilidade de 30 dias sob refrigeração.(17)

Uso off-label oral: Ranitidina Injetável (300 mg), Xarope Simples USP q.s.p...60 mL. Retirar o volume desejado de ranitidina utilizando uma seringa. Adicionar o veículo em porções, misturando após cada adição e completar o volume na concentração de 5 mg/mL. Estabilidade de 180 dias em temperatura ambiente.(17)

Uso off-label oral: Cloridrato de Ranitidina (1,675 g), Fosfato Monossódico Dihidratado (0,3 g), Fosfato Dissódico Dihidratado (1,3 g), Sacarina Sódica (0,1 g), Água Purificada c/ Conservantes (30 g), Etanol 96% (3 g), Óleo Essencial de Menta (2 gts), Xarope Simples q.s.p...122 g (= 100 mL). Dissolver os fosfatos, a sacarina e a ranitidina em 30 de água e misturar. Dissolver 2 gotas de óleo de menta em 3 g de etanol. Juntar esta solução na mistura anterior sob agitação magnética. Completar o volume com o xarope simples. Solução com 15 mg/mL. Estabilidade de 60 dias em temperatura ambiente.(17)

Uso off-label oral: Ranitidina (1,5 g), Stevia (0,15 g), Acesulfame Potássico (0,3 g), Flavorizante...q.s, Veículo Suspensor Oral q.s.p...100 mL. Misturar a ranitidina, stevia e acesulfame com 30 mL do agente suspensor.  Adicionar o flavorizante e misturando após cada adição o restante do veículo suspensor e completar o volume final. Estocado em frasco na concentração de 15 mg/mL. Estabilidade de 14 dias sob refrigeração. Uso oral. Fórmula do veículo suspensor oral: goma xantana (0,05 g), sorbitol 70% (25 mL), glicerina (10 mL), sacarina (0,1 g), metilparabeno (0,1 g), ácido cítrico monohidratado (1,5 g), citrato de sódio dihidratado (2 g), sorbato de potássio (0,1 g) e água purificada q.s.p 100 mL.(17)

Uso off-label oral: Preparar o produto comercial para o fracionamento em seringa dosadora ora âmbar na concentração de 15 mg/mL. Estabilidade de 250 dias em temperatura ambiente. Uso oral.(17)

Uso off-label oral: Preparar o produto comercial para o fracionamento. Após abertura do frasco original, a estabilidade é de 60 dias em temperatura ambiente.(17)

Referências bibliográficas:
1.Stewart JT, Warren FW, Johnson SM, Galante LJ. Stability of ranitidine in intravenous admixtures stored frozen, refrigerated, and at room temperature. Am J Hosp Pharm 1990;47:2043-2046.
2.Ranitidina. Estabilidad Minima en Viaflex®. Disponível em: http://www.baxter.com.mx. Acesso em: 29 de setembro de 2004.
3.Walker SE, Kirby K. Stability of Ranitidine Hydrochloride Admixtures Refrigerated in Polyvinyl Chloride Minibags. Can J Hosp Pharm. 1988;41:105-108.
4.Intravenous Dilution Guidelines. Disponível em: http://www.globalrph.com. Acesso em: 07 de dezembro de 2005.
5.Zamora Ardoy MA, Cabeza Barrera J, Moreno Diaz T, García Lirola MA. Rentabilidad de una Unidad de Mezclas Intravenosas de Nueva Creación. Aspectos Prácticos y Relación Coste-Beneficio. Farm Hosp. 2000;24(1):38-42.
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7.Ranitidine. Micromedex® solutions. Disponível em: http://www.periodicos.capes.gov.br. Acesso em 02 de fevereiro de 2017.
8.Ranitidine. Disponível em: http://www.stabilis.org. Acesso em 02 de fevereiro de 2017.
9.Ranitidina®. Informativo do produto. 2013.
10.UCL Hospital injectable medicines administration guide. Pharmacy Department. University College London Hospitals, 3rd ed. Wiley-Blackwell. London. 2010.
11.Cardiff and Vale University Health Board. Procedure for managing an extravasation. Disponível em: http://www.cardiffandvaleuhb.wales.nhs.uk. Acesso em 20 de fevereiro de 2017.
12.Ranitidine. Disponível em: http://www.medusa.wales.nhs.uk. Acesso em 10 de abril de 2017.
13.Phelps SJ, Hagemann TM, Lee KR, Thompson AJ. Pediatric Injectable Drugs (The Teddy Bear Book), Tenth e d. ASHP Publications. Washington. DC. 2013.
14.Ranitidina. Disponível em: http://www.hospitalsiriolibanes.org.br. Acesso em 28 de julho de 2017.
15.Ranitidina. Disponível em: http://www.einstein.br. Acesso em 28 de julho de 2017.
16.Taketomo CK; Hodding JH; Kraus DM. Pediatric Dosage Handbook, 23rd ed. Lexicomp. USA. 2016.
17.Souza GB. Formulário farmacêutico magistral, 2ª ed. São Paulo. SP: Editora Medfarma. 2017
18.Ranitidina. Disponível em: http://www.hospitalsiriolibanes.org.br. Acesso em 28 de julho de 2017.