18 julho, 2018

Validação de Transporte de Preparações Quimioterápicas sob Temperatura Refrigerada 2° a 8°C

Jaqueline da Silva Bento1; Stefane Alves de Oliveira1; Alberto Hideyoshi Sabanai2; Priscila Mitiko Higashibara Yamada2; Alan Alves dos Santos2; Caroline de Melo Akiyoshi2; Luiz Ivan Henrique da Silva2

1 Instituto do Câncer do Estado de São Paulo Octavio Frias de Oliveira (Icesp), Unidade Ambulatorial. Osasco (SP), Brasil. 2 Instituto do Câncer do Estado de São Paulo Octavio Frias de Oliveira (Icesp). São Paulo (SP), Brasil.

Endereço para correspondência: Jaqueline da Silva Bento. Av. Dr. Arnaldo, 251. São Paulo (SP), Brasil. CEP 01246-000. E-mail: jaqueline.s.bento@gmail.com.

Introdução: Logística hospitalar é um conjunto de ações que envolvem transporte e armazenagem. Sabe-se que alguns cuidados são necessários durante o transporte de medicamentos, visando manter a qualidade e cumprir as boas práticas de transporte de medicamentos. Tendo o conhecimento de que a validação de transporte é de suma importância para garantir as propriedades do medicamento, foram realizados testes nos meses de março e abril de 2016.

Objetivo: Validar o processo de transporte das preparações quimioterápicas que necessitam de refrigeração (2 a 8°C).

Método: Foram utilizadas bolsas de soro fisiológico (SF) 0,9% de volumes variados (3L, 2L e 1L). Montou-se uma caixa térmica com oito placas de gelo rígido reutilizável (400 ml/placa), com o objetivo de atingir a temperatura (T°) interna da caixa e mantê-la estabilizada. As placas de gelo foram armazenadas no freezer a -14°C com um tempo mínimo de 19 h 30 min. As bolsas de SF 0,9% foram refrigeradas por 2h com variação de 2 a 8°C. Após isso as mesmas foram acondicionadas na caixa térmica. As T° internas da caixa foram coletadas por um termo-higrômetro com data logger; a T° externa foi aferida a cada hora por termo-higrômetro presente na área de T° controlada. Os resultados obtidos pelo Software Data Logger Graph®, foram analisados e dispostos em planilhas Excel®.

Resultados: O tempo médio para atingir entre 7,3 a 8°C nos dois primeiros testes da triplicata de 3L foi de 20 min, já no terceiro tivemos um tempo médio de 10 min. A média de T° externa na triplicata foi de 22,15°C. Na triplicata de 2L o tempo médio para atingir entre 7,6 a 8,1°C foi de 20 min. A média de T° externa foi de 22,6°C. A triplicata com 1L apresentou no primeiro e terceiro teste tempo médio de 20min para atingir entre 7,9 a 7,7°C; já o segundo teste apresentou um tempo de 10 min para atingir 7,7°C. A média de T° externa foi de 22,3°C.

Conclusão: Podemos observar que todos os testes estão dentro dos padrões desejados, garantindo as propriedades farmacológicas das preparações refrigeradas (2° a 8°C). De acordo com os resultados obtidos, podemos afirmar que o tempo médio para atingir a Tº ideal no início dos testes não foi significativo, pois refere-se à perda de Tº no momento da abertura da caixa e acondicionamento das bolsas de SF0,9%. Sendo assim, podemos inferir que temos um processo validado para envio de preparações refrigeradas (2° a 8°C) a unidade filial.

Poster in: IX CONGRESSO BRASILEIRO DE FARMACÊUTICOS EM ONCOLOGIA. 2018.


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