Jéssica Harter1; Ana Paula Battistel1; Sara Raquel Kuntz1; Luciane Beitler da Cruz1; Maitê Telles dos Santos1; Lauro Jose Gregianin1
1 Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA). Porto Alegre (RS), Brasil.
Endereço para correspondência: Jéssica Harter. Rua Ramiro Barcelos, 2350. Porto Alegre (RS), Brasil. CEP 90035-903. E-mail: ana_battistel@hotmail.com.
Introdução: A Leucemia Linfoblástica Aguda (LLA) é a neoplasia maligna mais comum entre crianças e adolescentes. O protocolo ALL IC-BFM 2009 para tratamento quimioterápico da LLA preconiza o uso de corticoides na fase de indução e sabe-se que seu uso em altas doses está relacionado à elevação da glicemia, pois pode provocar resistência à insulina e diminuição da absorção de glicose pelos tecidos. A asparaginase utilizada nessa fase do tratamento pode estar relacionada à ocorrência de picos hiperglicêmicos. A presença de hiperglicemia transitória (HT) nesses pacientes estaria associada a um aumento no risco de bacteremia e reinternação hospitalar, podendo também estar relacionada ao estado nutricional. Além disso, evidências mostram que crianças com hiperglicemia durante a indução apresentam pior prognóstico do que aquelas com glicemias normais.
Objetivo: Verificar e caracterizar a presença de HT em pacientes pediátricos portadores de LLA.
Método: Estudo retrospectivo descritivo, com dados obtidos dos prontuários eletrônicos do Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA). Foram incluídos na amostra pacientes com idades entre 0 e 19 anos, diagnosticados com LLA entre os anos de 2015 a 2017 e que tivessem realizado a fase de indução do protocolo BFM 2009. Hiperglicemia prévia ao início do tratamento foi um critério de exclusão. Foi considerado HT valores > 100mg/dl. Foram coletados os dados de idade, sexo e estado nutricional (classificação conforme WHO 2006/2007). Esse trabalho é parte do projeto 07-222 aprovado pelo CEP-HCPA.
Resultados: Foram incluídos no estudo 25 pacientes, 18(72%) eram do sexo masculino, com média de idade de 6,7 ± 4,1 anos. Quanto à glicemia,3(12%) pacientes mantiveram níveis abaixo do valor de referência, enquanto 4(16%) apresentaram valores entre 101 e 110 mg/dl, 14(56%) entre 111 e 139 mg/dl e 4(16%) igual ou maior do que 140mg/dl. Com relação ao estado nutricional, 19(76%) pacientes estavam eutróficos, 1(4%) estava desnutrido, 2 (8%) em risco/com sobrepeso e 3(12%) pacientes estavam obesos, sendo que 2 destes pacientes apresentaram glicemia >140mg/dL, enquanto os 3 pacientes que se mantiveram normoglicêmicos eram eutróficos.
Conclusão: Encontrou-se uma alta prevalência de HT na amostra estudada, provavelmente determinada pelo tratamento aplicado. Devido às possíveis complicações associadas à HT, o acompanhamento multidisciplinar do paciente pediátrico oncológico se faz cada vez mais necessário.
Palavras-chave: Hiperglicemia; Leucemia linfoblástica; Corticoesteroides.
Poster in: IX CONGRESSO BRASILEIRO DE FARMACÊUTICOS EM ONCOLOGIA. 2018.
1 Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA). Porto Alegre (RS), Brasil.
Endereço para correspondência: Jéssica Harter. Rua Ramiro Barcelos, 2350. Porto Alegre (RS), Brasil. CEP 90035-903. E-mail: ana_battistel@hotmail.com.
Introdução: A Leucemia Linfoblástica Aguda (LLA) é a neoplasia maligna mais comum entre crianças e adolescentes. O protocolo ALL IC-BFM 2009 para tratamento quimioterápico da LLA preconiza o uso de corticoides na fase de indução e sabe-se que seu uso em altas doses está relacionado à elevação da glicemia, pois pode provocar resistência à insulina e diminuição da absorção de glicose pelos tecidos. A asparaginase utilizada nessa fase do tratamento pode estar relacionada à ocorrência de picos hiperglicêmicos. A presença de hiperglicemia transitória (HT) nesses pacientes estaria associada a um aumento no risco de bacteremia e reinternação hospitalar, podendo também estar relacionada ao estado nutricional. Além disso, evidências mostram que crianças com hiperglicemia durante a indução apresentam pior prognóstico do que aquelas com glicemias normais.
Objetivo: Verificar e caracterizar a presença de HT em pacientes pediátricos portadores de LLA.
Método: Estudo retrospectivo descritivo, com dados obtidos dos prontuários eletrônicos do Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA). Foram incluídos na amostra pacientes com idades entre 0 e 19 anos, diagnosticados com LLA entre os anos de 2015 a 2017 e que tivessem realizado a fase de indução do protocolo BFM 2009. Hiperglicemia prévia ao início do tratamento foi um critério de exclusão. Foi considerado HT valores > 100mg/dl. Foram coletados os dados de idade, sexo e estado nutricional (classificação conforme WHO 2006/2007). Esse trabalho é parte do projeto 07-222 aprovado pelo CEP-HCPA.
Resultados: Foram incluídos no estudo 25 pacientes, 18(72%) eram do sexo masculino, com média de idade de 6,7 ± 4,1 anos. Quanto à glicemia,3(12%) pacientes mantiveram níveis abaixo do valor de referência, enquanto 4(16%) apresentaram valores entre 101 e 110 mg/dl, 14(56%) entre 111 e 139 mg/dl e 4(16%) igual ou maior do que 140mg/dl. Com relação ao estado nutricional, 19(76%) pacientes estavam eutróficos, 1(4%) estava desnutrido, 2 (8%) em risco/com sobrepeso e 3(12%) pacientes estavam obesos, sendo que 2 destes pacientes apresentaram glicemia >140mg/dL, enquanto os 3 pacientes que se mantiveram normoglicêmicos eram eutróficos.
Conclusão: Encontrou-se uma alta prevalência de HT na amostra estudada, provavelmente determinada pelo tratamento aplicado. Devido às possíveis complicações associadas à HT, o acompanhamento multidisciplinar do paciente pediátrico oncológico se faz cada vez mais necessário.
Palavras-chave: Hiperglicemia; Leucemia linfoblástica; Corticoesteroides.
Poster in: IX CONGRESSO BRASILEIRO DE FARMACÊUTICOS EM ONCOLOGIA. 2018.
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