26 setembro, 2008

Uso inadequado de colírio

Estudo realizado pelo Instituto da Visão – UNIFESP com o objetivo de identificar as principais variáveis que interferem na instilação correta do colírio anti-glaucomatoso, objetivando intervir nestes fatores para que o paciente possa usufruir de um tratamento mais eficaz e menos dispendioso, concluiu que 60% dos pacientes que participaram da mostra instilam o colírio de forma inadequada devido a falta de orientação, ardor produzido pela droga (65%), além da falta de uma pessoa para colocar o colírio.

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A instilação inadequada de colírios, além do prejuízo na terapêutica anti-glaucomatosa, implica em elevado custo do tratamento, fator este que limita ainda mais a aderência do paciente ao tratamento, com conseqüente insucesso terapêutico. O simples fato de instilar duas gotas de colírio, ao invés da única recomendada pelo oftalmologista, duplica o preço do tratamento se agregar valor terapêutico. Uma avaliação do custo real do tratamento do glaucoma demonstrou que pacientes em tratamento clínico para o glaucoma gastam em média 11% da renda familiar mediana anual.

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O glaucoma é causado pelo aumento da pressão intra-ocular, geralmente devido a um bloqueio do fluído no interior do olho. Com o tempo, isso causa dano ao nervo óptico e, se não for devidamente tratado, leva à perda gradual e irreversível da visão. A doença, apontada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como a principal causa de cegueira irreversível, atinge cerca de 65 milhões de pessoas em todo o mundo – cerca de 3 milhões só nos Estados Unidos. No Brasil, além de cerca de 1 milhão de glaucomatosos, existe um potencial enorme de portadores sem diagnóstico. Os fatores de risco são histórico familiar, pressão intra-ocular elevada, idade, diabetes, lesões oculares, descendência hispânica ou africana e uso prolongado de esteróides.

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O glaucoma é uma doença crônica que não tem cura, mas na maioria dos casos pode ser controlada com tratamento adequado e contínuo. Quanto mais precoce for o diagnóstico, maiores são as chances de se evitar a perda da visão. O tratamento clínico inicial é feito com colírios que baixam a pressão intra-ocular. A terapia com laser é indicada quando o tratamento com o colírio não é capaz de conter os níveis elevados de pressão. O procedimento cirúrgico é a ultima opção de tratamento.

Referência: www.hospitalar.com