Resposta: Não! Porque além de se adicionar o soluto, também estaremos adicionando o solvente, lembrando que a ampola é uma solução, não o soluto puro e por isso nunca chegará a 50%.
"Agora vamos mudar a pergunta um pouco". Sabendo que cada ampola de glicose a 25% contem 2,5 g de glicose, e cada ampola de 50% contém 5 g de glicose. Teremos uma solução de 5 g em 20 mL?
Se eu juntar duas ampolas de glicose a 25% eu conseguirei 5 g de glicose que é o mesmo de uma ampola de 50%??
Resposta: Sim!! embora a quantidade de solvente seja maior a quantidade de soluto também será! Para efeito terapêutico se houver necessidade de aumentar a quantidade de glicose do paciente não levando em consideração a quantidade de liquido pode ser feito. Mas em caso de restrição hídrica por parte do paciente deverá ser analisada a administração.
Uma prescrição correta tem que ser em “gramas” de glicose, convertendo para a quantidade existente nas ampolas de 25 ou 50%.(1,2,3,4,7,8,9,13)
Indicação: elemento de valor energético; veículo para administração de medicamentos; repositor energético. Como fonte de água, calorias e diurese osmótica. Em episódios sintomáticos agudos de hipoglicemia, no tratamento de hipoglicemia insulínica, intoxicação alcoólica para diminuir a pressão cérebro-espinhal e edema cerebral, como componente energético na preparação de soluções hiperosmóticas, tratamento de varizes, alívio dos sintomas de edema.
Descrição: glicose 25% 10 mL = 2,5
g; glicose 50% 10 mL = 5 g de
glicose (50% é hipertônica). SG5% e SG10% são utilizados em infusão EV
periférica para reposição calórica e reposição de fluidos. SG10% é utilizada no
tratamento de hipoglicemia em neonatos prematuros. Não aplicar por via IM ou SC.
Injeção com pH 3,2-6,8. Estocar em temperatura ambiente, não congelar,
proteger da luz. Atenção: em termos percentuais, 2 ampolas de 25% não
equivale a 50%. A prescrição adequada tem que ser em “gramas” de glicose, convertendo para a quantidade existente nas
ampolas de 25 ou 50%.(1,2,3,4,7,8,9,13)
Posologia: Adulto, dose
de 1,5-3 g de glicose/kg/dia, por infusão EV em gotejamento contínuo. Hipoglicemia: administrar 10-25
g de glicose EV (40-100 mL de 25% ou 20-50 mL de 50%). Hipercalemia (em combinação com insulina): administrar 25-50 g de
glicose (250-500 mL de solução 10%) combinada com 10 unidades de insulina
regular administrada em 30-60 min; repetir se necessário. Soluções de glicose concentradas devem ser diluídas
para administração periférica a uma concentração máxima de 12,5%. Em situações
de emergência, glicose 25% tem sido utilizada perifericamente por infusão
intravenosa direta, a uma taxa máxima de 200 mg/kg/min. Infusões contínuas tem
sido bem toleradas a uma taxa de 4,5-15 mg/kg/min.
Diluição: glicose 25% 10 mL = 2,5 g; glicose 50% 10 mL = 5 g de glicose.
Concentração
Inicial
|
Diluente
|
Volume Total de
Infusão
|
Concentração
Final
|
10 g
|
RL ou SF
0,9%
|
250 mL
|
40 mg/mL (4%)
|
20 g
|
RL ou SF
0,9%
|
250 mL
|
80 mg/mL (8%)
|
30 g
|
RL ou SF
0,9%
|
250 mL
|
120 mg/mL
(12%)
|
40 g
|
RL ou SF
0,9%
|
250 mL
|
160 mg/mL
(16%)
|
Diluição: glicose 25% 10 mL = 2,5 g; glicose 50% 10 mL = 5 g de glicose.
Concentração
Inicial
|
Diluente
|
Volume Total de
Infusão
|
Concentração
Final
|
10 g
|
RL ou SF
0,9%
|
500 mL
|
20 mg/mL (2%)
|
20 g
|
RL ou SF
0,9%
|
500 mL
|
40 mg/mL (4%)
|
30 g
|
RL ou SF
0,9%
|
500 mL
|
60 mg/mL (6%)
|
40 g
|
RL ou SF
0,9%
|
500 mL
|
80 mg/mL (8%)
|
Diluição: glicose 25% 10 mL = 2,5 g; glicose 50% 10 mL = 5 g de glicose.
Concentração
Inicial
|
Diluente
|
Volume Total de
Infusão
|
Concentração
Final
|
10 g
|
RL ou SF
0,9%
|
1000 mL
|
10 mg/mL (1%)
|
20 g
|
RL ou SF
0,9%
|
1000 mL
|
20 mg/mL (2%)
|
30 g
|
RL ou SF
0,9%
|
1000 mL
|
30 mg/mL (3%)
|
40 g
|
RL ou SF
0,9%
|
1000 mL
|
40 mg/mL (4%)
|
Concentração máxima: via periférica: 12,5%; VVC: 25% ou 50% nas
emergências.(13)
Vias de administração: EV: direta; infusão EV intermitente; infusão
EV contínua.
Diluente, volume final e tempo de infusão: RL, RS, SF 0,9%, SG 5%. Lavar
as linhas de infusão e equipos antes e após a infusão do medicamento. Não é necessário usar um filtro em linha. Infusão EV intermitente: dose de 10 g:
diluir em 500 mL e infundir em 60 min. A velocidade máxima de infusão EV deve
ficar em torno de 500 mg/kg/h. Injeção EV
direta: dose de 200 mg/kg administrada em 1 min.
Protocolo de
tratamento do extravasamento: limpar a área com álcool. Não aplicar diretamente na pele. Aplicar
compressa FRIA durante 30 min a cada
4 h durante 24 h. Aplicar hidrocortisona 1% creme a cada 6 h durante 7 dias. Adaptado de: Cardiff and Vale University Health Board.
Procedure for managing an extravasation. October 2016. Cardiff. UK.(4)
Riscos extravasamento: alto risco na concentração >12,5% e risco
intermediário na concentração de 10% para flebite química ou irritação tissular(6);
infusão na VVC na concentração >12,5%(9); irritante (depende da
concentração), VESICANTE em concentrações acima de 10-12,5%(10), VESICANTE.(8,9,10)
Medicamento
|
pH
|
Osmol
|
Excipientes
|
Extravasamento
|
Glicose 5%
|
3,5-5,5
|
278
|
-
|
Neutra
|
Glicose 10%
|
3,5-5,5
|
556
|
-
|
Vesicante
|
Glicose 15%
|
3,5-5,5
|
834
|
-
|
Vesicante
|
Glicose 20%
|
3,5-5,5
|
1112
|
-
|
Vesicante
|
Glicose 50%
|
3,5-5,5
|
2780
|
-
|
Vesicante
|
Glicose 7,5%
|
3,5-5,5
|
417
|
-
|
Irritante
|
Glicose 12,5%
|
3,5-5,5
|
695
|
-
|
Vesicante
|
Glicose 25%
|
3,5-5,5
|
1390
|
-
|
Vesicante
|
Glicose 30%
|
3,5-5,5
|
1670
|
-
|
Vesicante
|
Estabilidade das soluções diluídas em:
p SF 0,9% na concentração de 500
mg/mL é de 24 h em TA em bolsa de PVC.(1)
Referências
bibliográficas:
2.Glicose. Informativo do profuto. Isofarma. 2017.
3.UCL Hospital injectable medicines
administration guide. Pharmacy Department. University College London Hospitals,
3rd ed. Wiley-Blackwell. London. 2010.
4.Extravasations/Infiltrations
in Neonates. Disponível em: https://www.universityhealthsystem.com. Acesso em 16 de fevereiro de 2017.
5.Cardiff and Vale University Health Board. Procedure
for managing an extravasation.
Disponível em: http://www.cardiffandvaleuhb.wales.nhs.uk. Acesso em 20 de fevereiro de 2017.
6.Venous
infusion extravasation risk. 2009-2013
Cincinnati Children’s Hospital Medical Center. Disponível em
https://www.cincinnatichildrens.org. Acesso em 22 de março de 2017.
7.Infusion drug
list: pH, osmolality, reported phlebitis. Disponível
em: http://www.ctins.org. Acesso em 31 de março de 2017.
8.Mesures a
prendre lors d’extravasation de produits non-cytostatiques au DEA. Site
web de la Pharmacie des HUG. Disponível em:
http://pharmacie.hug-ge.ch.
Acesso em 31 de março de 2017.
9.Recommandations lorsque la voie veineuse est
nécessaire: voie veineuse périphérique ou centrale? Pharmacie
des HUG. Disponível em: http://pharmacie.hug-ge.ch.
Acesso em 29 de março de 2017.
10.Gorski LA, Stranz M, Cook
LS, Joseph JM, Kokotis K, Sabatino-Holmes P, Van Gosen L. Development of
an Evidence-Based List of Noncytotoxic Vesicant Medications and Solutions. Journal of Infusion Nursing
2017;40(1):26-40.
12.Glicose.
Disponível em: http://www.einstein.br.
Acesso em 11 de julho de 2017.
13.Phelps SJ, Hagemann TM, Lee KR, Thompson AJ. Pediatric Injectable Drugs
(The Teddy Bear Book), Tenth ed. ASHP Publications. Washington. DC. 2013.
14.Taketomo
CK; Hodding JH; Kraus DM. Pediatric Dosage Handbook, 23rd ed. Lexicomp.
USA. 2016.
15.Dextrose.
Disponível em: http://www.jodrugs.com.
Acesso em 30 de setembro de 2017.
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